Jornal " O Público" - Câmara de Lisboa estuda solução para realojar famílias do bairro da Boavista




Autor: Joaquim Pinto
 A Câmara de Lisboa está a estudar uma solução económica para o realojamento das famílias do Bairro das Alvenarias, na Boavista, disse nesta sexta-feira a vereadora da Habitação, Helena Roseta, sublinhando que o programa Eco-bairro se mantém.

“Nas alvenarias vivem 400 famílias em condições abaixo dos mínimos. As barracas têm de ser substituídas por nova habitação. Temos de arranjar financiamento para isto, as pessoas são nossas inquilinas e temos a obrigação de os realojar”, afirmou Helena Roseta.

Nesse sentido, está a ser preparado um concurso público internacional para a apresentação de soluções que permitam a construção faseada de 400 fogos para realojamento, com demolição também faseada das actuais alvenarias, afirmou a vereadora.

O financiamento para o realojamento deverá ser negociado com a câmara e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

Inicialmente estava prevista a construção de um loteamento, lançado pela Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), com 922 fogos, cuja construção ia permitir o realojamento da população residente nas alvenarias.

“A engenharia financeira para o realojamento [prevista inicialmente] passava por construirmos esses 900 fogos e com a venda deles realojar 400”, recordou. “Mas neste momento, quem é que tem dinheiro para construir e para comprar? A solução do loteamento não era a melhor condição. Daí o concurso internacional a pedir soluções construtivas económicas para substituirmos as barracas por fases”, disse a vereadora.

O Bairro de Alvenaria e o Bairro Novo, ambos na Boavista, integram uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) para a criação do eco-bairro Boavista Ambiente+, que prevê a sua sustentabilidade económica, habitacional e ambiental.

No entanto, com a “inviabilidade do modelo financeiro e urbanístico consubstanciado no loteamento”, a candidatura ao QREN teve de ser reprogramada. As linhas gerais mantêm-se, nomeadamente na qualificação do ambiente urbano, na promoção de eficiência energética dos edifícios e do espaço público e da indução de práticas de inovação social e ambiental.

Com esta reprogramação, prevê-se a intervenção no edificado num valor elegível ao QREN de 6,68 milhões de euros, tal como apoios ao empreendedorismo e às famílias. A reprogramação visa a conclusão do programa até 2014 com um total de investimento elegível ao QREN de 7,75 milhões de euros.

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